A explosão de um tanque com ácido fluorídrico da indústria Usiquímica, em Guarulhos, matou dois trabalhadores e deixou outros 10 feridos no final da manhã desta quinta-feira, dia 6 de setembro, conforme informações do Corpo de Bombeiros.Segundo informações do tenente-coronel e comandante do 5º GB, Minoru Iamashita as 6 vítimas – entre os trabalhadores e quatro bombeiros – precisaram ser atendidas após a inalação de vapores, o que causa náusea e vômitos. Ainda segundo a corporação, o incidente ocorreu por volta das 11h40, na rua da Lagoa, 431, em Cumbica e todas as empresas do entorno foram evacuadas.
As duas vítimas fatais foram socorridas pela corporação e pelos próprios trabalhadores e encaminhadas ao Hospital Geral de Guarulhos, onde aconteceram as mortes. Quinze viaturas da corporação com 45 homens foram enviados para o local. A operação de isolamento e contenção de vazamento em uma espécie de estação de tratamento de afluentes – norma padrão de segurança – e neutralização dos vapores mobilizou a corporação e a Cetesb e contou com o apoio da defesa civil de Guarulhos e Policiais Militares. “Estes ácido tóxico provoca queimaduras e pode ser leta, quando inalado em grandes quantidades. Após a ação dos bombeiros a ação de contenção passa a ser da empresa.”, informa Iamashita.
Durante toda a tarde, o local ainda esteve isolado em um raio de 2,5 km.
Diretores do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos acompanharam toda a ação da equipe dos bombeiros e posicionamento da Cetesb, bem como estiveram junto aos trabalhadores para os apoiarem em momento difícil com a morte de dois companheiros de trabalho.
Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos Sindiquímicos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico - CNTQ lamentou o ocorrido. "Vamos saber as causas e as circunstâncias do acidente que vitimou os trabalhadores para tomarmos as providências necessárias. O Sindicato não se furtará ao compromisso da apuração do acidente e punição dos culpados. A entidade se coloca à disposição da família dos trabalhadores falecidos", Silvan.
“Desde 2011, a entidade vem cobrando providências diante da preocupação dos trabalhadores em relação ao ambiente de trabalho. O que tem preocupado a entidade é que diante da demanda crescente por produção, as empresas acabam negligenciando a manutenção das máquinas. Faremos uma força tarefa junto ao MTE, Cetesb e órgãos competentes para exigir melhores condições de trabalho”, falou.
O Sindiquímicos acionou o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE de Guarulhos que interditou a área de produção por prazo indeterminado. “Após coletar algumas informações junto aos trabalhadores e representantes da empresa, bombeiros, optamos pela interdição da área de produção, e vamos aguardar os laudos dos responsáveis para nos assegurarmos que não há mais risco aos trabalhadores”, disse Eduardo Nascimento, auditor-fiscal e gerente regional do MTE.
Ainda segundo Silvan por recomendação do corpo de bombeiros, os funcionários precisam se submeter a exames toxicológicos para só assim termos certeza que não foram vitimados por conta da contaminação que pode ter ocorrido em função do acidente ou até mesmo ocorrer no processo de trabalho diário.
A entidade se coloca à disposição das famílias dos trabalhadores falecido
Fonte:http://www.mundosindical.com.br
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